Estima-se que até 2040, 57% da força de trabalho ativa no Brasil terá mais de 45 anos, de acordo com projeções realizadas pela FGV. E as estatísticas mostram, segundo estudo publicado pelo jornal O Globo, que em 2060, 54,4% dos trabalhadores terão mais de 40 anos. Esses números evidenciam uma mudança significativa na composição da força de trabalho, refletindo o envelhecimento da população e a importância crescente dos profissionais mais experientes no mercado.

Segundo dados do estudo:

📊 Até 2060, o número de trabalhadores disponíveis diminuirá em 6,3% (7 milhões de pessoas), com um contingente atual de 107,5 milhões.

📊 No mesmo ano, a idade média da força de trabalho será de 42,1 anos, comparada a 38,8 (2022) e 36,9 (2012).

📊 Em 2060, 54,4% dos trabalhadores terão mais de 40 anos, em comparação com 45,1% em 2022. Além disso, os profissionais acima de 50 anos representarão 32%, em comparação com 22,4% em 2022.

As estatísticas podem revelar um progresso, ainda que modesto, na contratação de profissionais com mais de 50 anos. Com sua experiência e importância nas estratégias de negócios, eles estão deixando de ser apenas uma variável das políticas de diversidade. O que antes era tratado apenas como uma componente dos programas de diversidade, agora é reconhecido como uma estratégia de negócio crucial devido ao envelhecimento da população. Essa mudança representa não apenas uma questão econômica e social, mas também uma inteligência estratégica.

As organizações estão percebendo que incluir trabalhadores experientes e maduros em seus quadros traz uma série de vantagens. Além de promover a diversidade etária e combater preconceitos relacionados à idade, essas contratações podem melhorar a produtividade, a criatividade e a inovação dentro das empresas. Profissionais mais velhos frequentemente possuem habilidades técnicas sólidas, vasto conhecimento setorial e uma ética de trabalho consolidada, contribuindo para aprimorar os resultados gerais da empresa.

Além disso, outro estudo recente, da consultoria Data8 (segundo informações da CoolHow) – especializada em economia prateada -, revelou que o setor econômico voltado para o público 50+ possui um impacto significativo na economia brasileira, movimentando mais de 2 trilhões de reais anualmente, o que representa cerca de 20% do produto interno bruto nacional. Surpreendentemente, esse número tem potencial para dobrar em apenas alguns anos.

Esses resultados apontam para um fenômeno demográfico sem precedentes, exigindo uma revisão de nossas percepções sobre o envelhecimento e uma exploração mais profunda das oportunidades sociais e econômicas que emergem nesse contexto. A crescente participação desse público na economia representa um universo repleto de possibilidades, abrindo novas perspectivas para diversos setores e estimulando a inovação em produtos e serviços adequados às necessidades desse segmento da população. O envelhecimento da sociedade deixa de ser apenas um desafio para se tornar uma fonte promissora de desenvolvimento econômico e inclusão social.

Temos um desafio significativo pela frente, mas também uma oportunidade incrível de reintegrar nossos “grisalhos” ao mercado de trabalho! É hora de despertar para a realidade e valorizar o rico capital intelectual que os talentos mais experientes podem oferecer.