A visão entre chefia e liderança mudou consideravelmente nos últimos anos. Antigamente se seguia a máxima: “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”. De uns tempos para cá, os modelos de gestão mudaram bastante e foram adicionados esquemas mais horizontais de lideranças. Daí, vocês devem estar se perguntando porque eu resolvi falar desse tema, e o que eu tenho para agregar nesse assunto? Vou começar com minha experiência pessoal (e profissional).

Lá nos idos de 2013 (meu deus, já se passaram quase 10 anos), eu entrei na sala do meu chefe na época e falei para ele que eu seria a pessoa ideal para conduzir um novo projeto da empresa. Eu me achava super apta e com conhecimento de sobra no assunto (tinha sim o conhecimento técnico e operacional). Ele levou um tempo para decidir, mas me deu o desafio. Como eu era ainda muito crua, ele me colocou ao lado de outra pessoa para sermos uma dupla (coeditores) de um site. Seríamos os dois responsáveis por iniciar o projeto, selecionar e contratar a equipe necessária (não tinha área de RH na empresa, era uma startup), treinar o pessoal e colocar o projeto para rodar! Tudo tranquilo, né? Mais ou menos, a parte técnica, que não era lidar com os humanos, foi tranquila, mas depois vieram as pessoas, e essas não vem com manual.

Confesso que não era a melhor chefe na época. Era meio cabeça dura, autoritária e até meio grosseira. Depois de ouvir muitos feedbacks (alguns bem negativos) sobre minha postura, decidi que precisava mudar. Chegou a hora de ser promovida mais uma vez, dessa vez, a promoção veio com uma condição: mudar meu temperamento explosivo e minha grosseria. Isso virou um mantra para mim e, cada vez, percebi que as pessoas ao meu redor, que me viam na liderança precisavam de alguém que os ajudasse a buscar seus potenciais.

A partir daí, parece que uma chave mudou em mim e passei a tratar cada pessoa que trabalhava comigo com um comportamento “customizado” para ela. Foi aí que eu adicionei o fator “humano” às minhas relações profissionais. Recentemente, com minha mudança profissional, recebi muitas mensagens carinhosas de pessoas me agradecendo por ter sido líder delas! E tive a sensação de dever cumprido. Mas porque estou aqui contando sobre minha vida… Isso tudo porque foram atitudes não muito boas que me fizeram crescer profissionalmente. A partir daí, estudei muito e pesquisei sobre gestão, lideranças e motivação profissional. E me tornar Mentora de Carreiras.

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Assim, de tudo que tenho lido e me deparado, o líder precisa inspirar e gerar confiança. Ou você vai seguir alguém que não confia? Atualmente, muito tem se falado da comparação entre chefe x líder. Sendo que o chefe seria uma versão antiga de gestão e o líder a versão mais atual, mais moderna.  O chefe portanto seria aquela pessoa que dá uma missão, sem saber se a equipe tem condições de realizar, mas espera um resultado positivo. Já no conceito mais atual, o líder é alguém que busca na sua equipe achar respostas, motivar para que ela atinja um bom resultado, mas que também tem dúvidas e não hesita em compartilhar com seu time. Um líder é um ser humano normal, com suas limitações como qualquer um. Mas ele/a não deixa seus pontos fracos escondidos, porém ele ou ela buscam aprimoramentos constantes.

Atualmente, muito mais do que estar preparado tecnicamente para executar uma tarefa e chefiar uma equipe, os líderes precisam estar ligados no fator humano dos seus liderados. Pode parecer muito trabalho, e realmente é. O líder tem todos do seu time sob sua responsabilidade, mas também pode dividir dores e conquistas. Assim, cada profissional alcançará sua melhor performance.

Leia:

A coragem para liderar: Trabalho duro, conversas difíceis, corações plenos (Brené Brown)

Liderança: a inteligência emocional na formação do líder de sucesso (Daniel Goleman)

Você é o que você faz: Como criar a cultura da sua empresa (Ben Horowitz)